03 de novembro de 2021 15:24

Vigilância Epidemiológica de Mucuri pela primeira vez em 5 anos conclui o Sexto Ciclo no combate ao Aedes Aegypti

O trabalho de enfrentamento ao mosquito da dengue (Aedes Aegypti) no município de Mucuri comemora um feito que há 5 anos não acontecia na região. A Secretaria de Saúde de Mucuri juntamente com o Setor de Vigilância Epidemiológica, conseguiram finalizar o Sexto Ciclo no combate ao Aedes Aegypti, antes do tempo previsto.

Isso significa que atividades preconizadas para avaliar e controlar a situação vetorial em estabelecimentos e terrenos dentro do município e distritos foram realizadas corretamente dentro do cronograma, conseguindo concluir a meta antes de finalizar o ano. Os seis ciclos são distribuídos entre o ano, dividindo dois meses para um ciclo, e dentro desse período os agentes de endemias têm atividades que envolvem a visita aos imóveis para verificar situações com foco de lavras e registrar a ocorrência das infecções pelo vírus da dengue, com orientação para a população e aplicação de larvicida em locais propícios para disseminação do mosquito.

Evaristo Souza Soares, coordenador da área de combate a endemias, explica que “concluir o sexto ciclo antes do previsto é uma grande comemoração, pois isso significa que a equipe está atuante e o trabalho preventivo foi realizado”, mas reforça os cuidados que a população precisa ter durante todo o ano. Verificar ralos, calhas e locais que possam acumular água, mantendo-os limpos e secos. Evitar o acúmulo de lixo em imóveis e terrenos, principalmente os baldios.

Além da dengue, o mosquito Aedes Aegypti é o principal transmissor de vírus que provocam outras doenças como Zika e Chikungunya, que atingem milhares de pessoas no país em todos os anos, algumas fatais. Por isso a Secretaria de Saúde de Mucuri está se preparando desde o começo deste ano para reduzir os focos e propagação da doença no município.

O secretário Municipal de Saúde de Mucuri, o farmacêutico bioquímico Fernando Jardim, parabenizou a equipe por todo êxito na atuação dentro do município, distritos, povoados e agradeceu pelo o apoio permanente do prefeito Roberto Carlos Figueiredo Costa “Robertinho” (DEM) diante da demanda e importância da equipe.

“Depois que o prefeito Robertinho assumiu a gestão, conseguimos oferecer um melhor suporte de trabalho aos nossos agentes de endemias, o que facilitou e tornou possível a atuação do combate à dengue. Sabemos que no verão essas doenças são mais frequentes com as mudanças climáticas e o período com condições propícias, por isso nos preparamos ao longo deste ano”, pontuou o secretário.

Essa estação é a mais frequente para surgimento dos mosquitos da dengue (Aedes aegypti) e o pernilongo (Culex quinquefasciatus). Por isso, é preciso redobrar os cuidados e saber identificar a espécie.

A principal diferença é a cor: o pernilongo (Culex quinquefasciatus), possui tom monocromático marrom, já o Aedes aegypti possui o corpo preto com listras brancas. A coloração “zebrada” do mosquito da dengue facilita a sua identificação. Outra diferença é o tamanho: o pernilongo comum é entre 3 a 4 milímetros, enquanto o mosquito da dengue é um pouco maior e pode medir de 5 a 7 milímetros. Parece pouco, mas é praticamente o dobro do tamanho. Só de bater o olho é possível identificar essa diferença.

O horário de alimentação também é diferente. O Aedes aegypti geralmente ataca próximo do horário do almoço, entre as 9h e 13h. Enquanto isso, os pernilongos possuem hábitos noturnos, costumando procurar alimentos a partir das 18 horas, portanto, a Vigilância Epidemiológica recomenda que ao entardecer, a população evite janelas e portas abertas. Enquanto o Aedes aegypti é um mosquito silencioso e voa com muita agilidade, os pernilongos comuns são mais lentos e muito barulhentos.

O coordenador da área de combate a endemias, Evaristo Soares, ainda explica que o carro fumacê é uma medida extrema e não é eficaz para eliminar o mosquito da dengue. “A população acredita muito na utilidade do carro fumacê, mas sua fumaça de agrotóxico só atinge mosquitos adultos e não é eficiente no caso de mosquitos da dengue. Sem contar os inúmeros malefícios ao meio ambiente e à exposição dessa fumaça para a população. A principal forma ainda é evitar os focos, evitar que os ovos eclodam e nasçam novos mosquitos. Todos podem ajudar nessa parte”, enfatizou o coordenador.

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